No dia 19 de junho de 1898 o ítalo-brasileiro Alfonso Segreto, que tinha comprado uma câmera na Europa, filmou algumas imagens da Baía de Guanabara. Essas imagens são consideradas por muitos estudiosos como o primeiro filme brasileiro e Segreto nosso primeiro cineasta. Desde aquele momento o cinema nacional vem passando por vários momentos que se transformaram em uma luta constante para manter nosso cinema vivo! Na década de 1920/1930 tivemos o famoso Ciclo do Recife (1923-1931), ocasião em que o estado de Pernambuco foi polo de produções cinematográrficas como ʺAiterê da praiaʺ (1925 – Gentil Roiz) e ʺA filha do advogadoʺ (1927 – Jota Soares), entre outros, em um total de 13 longas. O Brasil também teve seus grandes estúdios com destaque para a pioneira Cinédia, no Rio de Janeiro, responsável por filmes como ʺLimiteʺ (1931 – Mário Peixoto), considerado pela ABRAACINE como o melhor filme brasileiro. Dando um salto para os anos 1940 tivemos as famosas comédias chamadas ʺchanchadasʺ. Nosso cinema também é reconhecido e premiado no mundo inteiro, não podemos esquecer de ʺO pagador de promessasʺ (1962 – Anselmo Duarte), ganhador do Festival de Cannes, ʺO beijo da mulher-aranhaʺ (1985 – Héctor Babenco), ʺCidade de Deusʺ (2003 – Fernando Meireles), ʺCentral do Brasilʺ (1998 – Walter Salles) indicados ao Oscar e mais recentemente “Ainda estou aqui” (2024 – Walter Salles) ganhador do Green Drop Award (melhor diretor para Walter Salles), do Festival de Veneza (melhor roteiro para Murilo Hauser e Heitor Lorega) e do Globo de Ouro (melhor atriz para Fernanda Torres). “Ainda estou aqui” também foi indicado ao Oscar em três categorias (melhor filme internacional, melhor atriz e melhor filme). Esses filmes, com exceção do último, estão no nosso acervo! Que dispõe de vários gêneros como documentário, drama, comédia, terror: não podemos esquecer do grande clássico do pai do terror brasileiro ʺÀ meia-noite levarei sua almaʺ (1967 – José Mujica Marins). Venha conhecer essas e outras produções que tornam o cinema brasileiro único!

Colaboração: Prof. Cecília Romano